Assobio
Ainda porem,
quando o sonho despido da minha memória erma
deita o chumbo no meu estado anímico,
o vento assobia as doces melodias
da primavera têpeda e encarnada dos teus beiços.
Deito-me e sinto-as,
recendo de morodo orvalhado primeiro,
salgado e de bravura atlântica logo,
que se esfacha descarado no meu peito
espetando-o como um chuço enferrujado.
As penas apodrecem
demoucadas no souto do coraçom
e a invernia cega gea o zume cardíaco,
morre o dia assobiando,
esvarando aos poucos pola noite pecha.
daFrieira 08 de abril de 2008
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1 comentário:
hum...bonito poema...lembra a quando o mel cristalizado destila horas condensadas numha caverna de lençois....
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